16 de set. de 2009

“Matar homossexual virou diversão”

















A violência contra homossexuais nas favelas do Rio vem chamando a atenção de militantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e pesquisadores de todo o Brasil. O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, ameaça denunciar o governo brasileiro à Organização das Nações Unidas e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos.
“Bater e matar homossexual já virou entretenimento popular nas favelas. Mas não vamos ficar assistindo a esse `homocausto' (holocausto de homossexuais) de braços cruzados. Já que não temos força política para brigar por nossos direitos, esta é uma maneira de tentar nos proteger dessa violência", explica Marcelo.
Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, a psicóloga Sílvia Ramos afirma que ainda existem poucos estudos sobre homofobia nas favelas. Mas reconhece: "Ser homossexual numa favela é muito mais perigoso do que num bairro de classe média". "É natural que a violência seja mais grave em territórios dominados por grupos armados. Mas, o que mais me surpreende, é ver que o Brasil, que está cotado para ser a capital gay do mundo, tem tanto preconceito! É uma incoerência!".

Os assassinatos de homossexuais no Brasil, apontam que, em 2008, houve 55% mais crimes do gênero do que no ano anterior, uma vergonha nacional.
Ultrapassamos o México e os Estados Unidos e estamos em primeiro lugar no Ranking.

Alguns números:

- 52% dos entrevistados são contra a união gay;
- 58% consideram a homossexualidade pecado;
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41% acreditam serem as relações homossexuais fruto de uma doença;
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84% acham que a forma ideal de união é entre homem e mulher com fins de reprodução;
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99% possuem algum tipo de homofobia, este item tem que ser subdividido: 54% têm pouco preconceito contra gays; 39% são um pouco mais preconceituosos que os de cima e 6% não toleram de forma alguma LGBT;
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72% não gostariam de ter filhos gays;
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72% não se importam em ter vizinhos LGBT;
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92% acreditam que há preconceito contra os LGBT, dentro desse número:
- 72% dizem não ter preconceito diretamente contra gays
- 71% contra lésbicas.

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